24 de março de 2015

Análise: Hoard of the Dragon Queen

Hoard of the Dragon Queen é o primeiro módulo de aventura oficial publicado pela Wizards of the Coast em parceria com a Kobold Press. Ele faz parte da história da Tirania dos Dragões (Tiranny of Dragons) e coloca um grupo de aventureiros em contato com as ações do Culto do Dragão na região da Costa da Espada em Forgotten Realms.

Trago abaixo o que gostei e o que não curti da aventura.

O que eu gostei

Enredo é direto e bom: a história tem uma boa sequência e é direta nas ações. Um grupo de heróis podem sentir-se facilmente motivados a seguir a trilha da aventura.

O livro possui muita informação: uma aventura capaz de levar os personagens do nível 1 ao 8 em 96 páginas? Me parece muito bom. O fato do livro trazer apenas o enredo da aventura, faz com que suas páginas sejam muito bem aproveitadas. O material adicional com monstros e itens é disponibilizado na internet, e ao meu ver facilita a vida do mestre porque ele pode organizá-lo da maneira que quiser, pegando os monstros e imprimindo-os apenas os que serão utilizados na aventura ou construindo a partir do arquivo os encontros da mesma forma que eram apresentados na 4e.

As aventuras são diversificadas: os tipos de aventura no módulo são muito diversificados. Há exploração de masmorras, investigação, múltiplos eventos e um grande trecho de uma viagem onde diversos eventos podem ocorrer e é uma excelente oportunidade de adicionar material adicional de criação própria. É certeza de agradar vários tipos de jogador.

O que eu não gostei

A aventura inicial pode ser muito frustante: então você pega o módulo e irá mestrar a primeira aventura para um grupo de nível 1 e na primeira cena de combate o grupo tem azar e sofre danos capaz de debilitá-los exigindo descanso completo. Mas a aventura dura apenas 1 noite! Esta é a condição da aventura inicial do módulo e não é algo animador para mim já que ela é para ser uma aventura com várias cenas (muitas de combate) na invasão da cidade de Greenest. Minha solução simples é ou maneirar nos encontros ou simplesmente iniciar com o grupo no nível 2.

Os mapas: não gostei dos mapas na aventura. Eles só trazem os espaços dos locais mas não traz desenhado o que há nos lugares (nos casos das dungeons). Como gosto de mapas e dos combates utilizando miniaturas (e a maioria dos meus jogos são online pelo roll20), acho uma falha grave.  Seu estilo de desenho também não me agrada. Além disso, há erros de numeração de alguns mapas e tabelas que confundem um pouco quem lê.

O Culto muito exposto: achei o Culto do Dragão na aventura muito exposto. Logo não primeiras aventuras o grupo consegue descobrir importantes informações sobre o Culto e seu plano se jogar de acordo com a aventura. Minha sugestão aqui é deixar o Culto o mais obscuro possível: fazer com que as primeiras aventuras o grupo só encontre mercenários contratados e aos poucos as informações irem aparecendo para serem coletadas (nada do monge Erlanthar dar de mão beijada tudo para os jogadores). 

Eu gosto de ter contato com módulos de aventuras prontas tanto para utilizar o arco de histórias nas campanhas quanto para pegar idéias de encontros, desafios e mesmo usar o crunch do material nas minhas próprias histórias. A Hoard of the Dragon Queen é uma grande fonte de inspiração e seu formato mais resumido, dando apenas as informações essenciais na história faz que um livro de 96 páginas renda bastante. Entretanto, essa característica de resumir não a deixa muito amigável para jogadores iniciantes. Nesse ponto, o Starter Set faz um papel muito melhor que esse módulo.